Sunday, May 20, 2012

CLARICE SANCHES, Marilia's little star

Every medium-sized town has its own little star. Marilia, which bragged 60,000 inhabitants in 1960 had its own Mary Pickford in the person of sweet Clarice Sanches, who stood out as a singer, actress and MC at religious and civic celebrations. 

Clarice came from a large family. Her brother Nemésio Sanches worked as an announcer at Radio Club de Marilia, which gave her some exposure in the local musical scene especially those radio programmes beamed live from the Auditorium to the whole Western region of S.Paulo state.

Clarice had a clear and cristal voice which she made soar during the Good Friday Procession that was high in the religious calendar in a Catholic city like Marilia. At a few places during the Procession it would stop, someone would bring a chair, Clarice would stand on it and while unwinding a piece of rolled cloth showing Jesus's face inprinted in blood on it, she would sing the most piercing melody to the astonishement of the many faithful.

Circa 1960, Clarice Sanches made a duo with a local tenor singer called Francisco Alves (no relation to 'Chico Viola') and they recorded a 78 rpm single with 'Flor do amor', a slow tune written by song-writer Octavio Lignelli, who accompanied them on his guitar. The record was a local hit and it's now a valuable collector's item.  

Clarice Sanches era cantora, declamadora, sabia tocar piano e fazia as vêzes de 'estrelinha' de Marília nos anos 50. Ermelinda Clarice Sanches era de uma família numerosa. Seu irmão Nemésio Sanches trabalhava na Radio Clube de Marília. Tinha outro irmão chamado Domingos Sanches.

People talk about about Clarice Sanches's times 

"Não sabia que Clarice tinha gravado um disco. Nossa, eu também gostaria de obter mais informações a respeito. Sei que ela foi uma das minhas melhores professoras, aquela em que eu procuro me espelhar. Professora de História por muito tempo no Sagrado Coração de Jesus. Era mestra sábia, amiga, sempre sorridente e bondosa. Aprendi a gostar de História e de Literatura com ela. Ela cantava e muito! Nas procissões da Semana Santa era sempre a Verônica, com sua voz maviosa nos comovia! 

Soube que ela se casou com um medico de Ribeirão Preto-SP, se não me engano. Casara-se um pouco mais velha para a época, uns 30 anos mais ou menos, e que logo apos o casamento começou a sentir-se mal, dores de cabeças fortíssimas. Um tumor no cérebro que a levou a uma mesa de operações; uma lástima pra nós, mortais; uma glória na família celestial, onde ela deve estar cantando com os seus companheiros angelicais! Estou procurando uma foto onde apareço recebendo o diploma do Curso Classico das mãos dela, com o prof. Remo Castelli, outro querido que merece ser lembrado pelo povo de Marilia!"  Depoimento de Margaret Fiorelli.

"O marido de Clarice tem o sobrenome Casarini. Clarice foi homenageada largamente pelos marilienses sendo nome da praça em frente da igreja Santo Antônio. Ha a Escola Estadual "Professora Ermelinda Clarice Sanches" e a Avenida Ermelinda Clarice Sanches Casarini". Depoimento de Regina Perpétuo.

"Clarice Sanches era irmã do Nemésio Sanches, que trabalhou muito tempo na Rádio Clube de Marília, no tempo do sr. Octávio Lignelli. Tinha mais irmãos, dentre eles o Domingos Sanches, que tinha uma propriedade rural na "Agua da Cobra", hoje Amadeu Amaral-SP. Não me lembro qual é exatamente a rua, mas seus pais moravam nas imediações da Rua Piratininga, ou Catanduva, entre a São Luiz e Avenida Santo Antonio. A música que ela gravou, em parceria com o Chico Alves, cantor tambem de nossa cidade, era de autoria do sr. Octávio Lignelli, e sua letra começava assim: "Quando eu a ví perto de mim, vestido verde, olhos negos, sem fim, fiquei alegre, maravilhado com sua beleza, flor do amor, inspiração, a natureza..." e por aí vai. Acho que ainda sei a letra toda". Depoimento de Adalberto Augusto Salzedas.

"Parabéns a todos pelo trabalho de resgate das nossas coisas. Lembro da Clarisse Sanches cantando nas procissões da Santo Antônio. Ela fazia a Verônica. Dos programas da Radio Clube, o Francisco Alves era o nosso 'Rei do Rádio' e a Neusa Maria Martins era a nossa Rainha. O Sabonetão Dias - simpático negrão - corria por fora..." depoimento de Laerte Rojo Rosseto.

'Eu adorava ouvir Clarice cantando 'Ay, peró que te pareces enamorarme de ti' na Radio Clube de Marília.' (título: 'Que te parece?' de Antonio Aguilar) depoimento de Salvador Raymundo Machado

"O nome todo era Joaquim "Sabonetão" Dias. A Neusa Maria era sobrinha do Tony Salerno, ponta direita daquele time de futebol com faixa de campeão que já postaram aqui." depoimento de Adalberto Augusto Salzedas.

Clarice Sanches canta em evento público-religioso acompanhada de Octavio Lignelli, tendo ao lado Francisco Santos, com quem gravou um 78 rpm em dupla, que fez muito sucesso na região mariliense. Padre Millaré segura o microfone. 

Como eu lhe prometí, ai vai a letra inteira da música do sr. Octávio Lignelli, que foi gravada pela Clarice Sanches e pelo Francisco Santos. Uma ou outra palavra pode estar trocada, mas penso estar bem próxima do original. Adalberto Augusto Salzedas.

Flor do amor

Quando eu a vi perto de mim,
vestido verde, olhos negros sem fim,
fiquei alegre, maravilhado, com sua beleza,
flor do amor, inspiração da natureza...

Você transformou meu coração,
seu corpo, seu olhar são a minha emoção.
Meu céu, minha vida, meu grande amor,
Meu romance, minha poesia, e minha dor.

"Querida, sem você eu morrerei,
Minha música não sentirei.
Mas de você nunca esquecerei,
Sempre ao meu lado eu a terei..." (bis)



letra e música: Octavio Lignelli 
gravação em 78 rpm: Clarice Sanches & Francisco Santos

78 rpm 'Flôr do amor' (Octávio Lignelli) recorded by Francisco Santos & Clarice Sanches, accompanied by Valdevino Dias & his Combo. The singles was made in Nova Iguassú-Rio de Janeiro. 
The flip side contained another guarânia: 'Minha vida em suas mãos' also penned by Octávio Lignelli. 
7 September 1947 Parade - Clarice Sanches is seen at centre, just behind Marília Millaré, the girl marked with a blue arrow. (cortesy Dalmacio Jordão)


Clarice Sanches & o Grêmio Dramático Azul & Branco 


Clarice Sanches em peça apresentada no teatro da matriz de Santo Antonio.

"Pois esta é a sede que ficava embaixo da matriz da igreja de Santo Antonio. Fazíamos grandes teatros lá. Minha irmã já colocou fotos da Dardânia, Vera Mansur, Maudiléia Betti e outras. A Clarice Sanches tb tem uma rua com seu nome em Marília: Ermelinda Clarice Sanches Casarini. Salvo engano, fica para os lados da vila Coimbra". 


Clarice Sanches muda de vestidos várias vêzes durante a peça.
outro instantâneo da peça apresentada pelo Grêmio Dramático Azul e Branco.

a peça chega a um ponto altamente dramático com uma aparente desavença entre os membros masculinos do cast.
parece que tudo se ajeita com a chegada de um novo personagem.
a selecta platéia se diverte.

Clarice e duas atrizes comemoram o sucesso da peça, com comes-e-bebes no salão da matriz de Sto. Antonio.
e a festa continua com o retrato de Dom Hugo Bressane na parede.
Clarice era performer no palco e fora dele... mesmo na festinha ela improvisa um ato.
Clarice, 1a. sentada da dir. p'ra esqu, em outra atividade no mesmo salão da matriz de Sto.Antonio.
Clarice recebe prêmio nos anos 50; Wilson Matos segura o microfone da Radio Clube de Marilia.
Julho 1957.
25 Março 1965.
Clarice Sanches & Octavio Lignelli 
 'santinho' da missa de 7o. dia do falecimento de Clarice Sanches em 28 Junho 1971.



No comments:

Post a Comment